Diariamente, vemos casos de grávidas que chegam a esperam até três meses por um consulta; recebemos denúncias sobre falta de medicamentos nos postos; dificuldade para a realização de exames e cirurgias para não falar da falta de médicos, principalmente os especializados.
Diante desse quadro nos parece mais lógico trabalhar em duas frentes: na prevenção e controle rígido dos doentes crônicos e melhoria dos sistema de saúde em geral. Não é simples. Portadores de doenças crônicas passam por altos e baixos, muitas vezes têm dificuldade de seguir uma rotina adequada e não raro não têm a orientação necessária para obter o melhor resultado e, principalmente manter a qualidade de vida.
Essa foi nossa preocupação ao propor o Programa de Atendimento Multidisciplinar para o Diabético. Em São Paulo esse grupo representa mais de um milhão de pessoas. Sem um controle adequado , o portador de diabético está sujeito a uma série de complicações de ordem cardiovascular, sem falar na neuropatia; úlceras; infecções; isquemia ou trombose. Elas começam a ocorrer, em geral, quando as taxas de glicose permanecem altas durante muitos anos. Se não for tratado, o pé diabético pode levar à amputação. Segundo o Ministério da Saúde, 70% das cirurgias para retirada de membros no Brasil têm como causa o diabetes mal controlado: são 55 mil amputações anuais e atinge principalmente pessoas com mais de 60 anos.
Nosso objetivo com o programa multidisciplinar é dar uma atenção melhor a esse grupo, garantindo a qualidade de vida do indivíduo, diminuindo também o número e o tempo de internações. Isso significa mais leitos livres para emergências.