O prefeito João Dória começa a impor seu ritmo na Câmara Municipal Quer agilidade nos debates dos projetos do Executivo e a base do governo parece disposta acompanhar. Um exemplo é o projeto contra pichação que já deve passar por votação ainda em fevereiro.
Câmara marca sessão extra na 6ª para votar projeto antipichação
veiculado em 07/02/2017 18:18
A pressa em legislar sobre o tema foi criticada nesta segunda pelos petistas Antonio Donato e Eduardo Suplicy. Ambos pediram mais tempo para debater o assunto com a sociedade. Donato exige que a Câmara agende ao menos uma audiência pública antes de marcar a votação do projeto. José Police Neto (PSD) também declarou, durante reunião de líderes partidários, ser favorável a um debate mais aprofundado.
Nomura, no entanto, afirmou que “o prefeito João Doria está muito preocupado” com essa questão e que, por isso, pediu urgência no trâmite legislativo. Segundo o líder, o projeto de Amadeu é indicado para iniciar a discussão.
Disque. Apresentada em 2005, a proposta de Amadeu prevê a criação de um “disque pichação”, linha telefônica exclusiva para recebimento de denúncias relacionadas a pichações na cidade. No texto original, esse canal de comunicação com a Prefeitura teria de se dar por um “0800”, ou seja, sem custo para o cidadão, que poderia ainda fazer a queixa de forma anônima. Mas, segundo Amadeu, o central telefônica da Prefeitura, o 156, poderia assumir mais esse serviço.
Em sua justificativa, Amadeu dizia, em 2005, que a “grande maioria do patrimônio municipal encontrava-se verdadeiramente transformado em ‘obras primas’ de imenso mau gosto”, referindo-se aos muros pichados.