“Um trabalhador de entrega numa moto, numa bicicleta, que se aventura em trânsito e venha sofrer um acidente. Quem o protege do período em que ele perde sua capacidade de trabalho? É esta questão que nós queremos resolver de uma vez por todas”.
Essa foi a frase síntese do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, durante encontro realizado pelo governo federal nesta semana com centrais sindicais para discutir a situação das condições de trabalho impostas por aplicativos.
Durante o ato, também foi anunciado a criação de um grupo de trabalho para debater uma nova regulamentação que será encaminhada ao Congresso Nacional.
Aqui em São Paulo, a CPI dos Aplicativos, pioneira em todo o país, denunciou toda a situação envolvendo trabalhadores do setor de motofrete. O relatório final aprovado será enviado a este grupo de trabalho e também ao Congresso Nacional.
Nenhum ponto dessa discussão chega a ser novidade para quem acompanha minhas redes e minha luta. A verdade é que a realidade não pode ser mascarada por muito tempo. E o cenário atual, levando em conta o mercado brasileiro, ilustra bem uma série de problemas com os quais essas empresas não conseguem (ou não querem) lidar.
De um lado, motoristas de apps e 20descontentes com a irrisória política tarifária na prestação de seus serviços e sem nenhuma seguridade. Na outra ponta, taxistas igualmente insatisfeitos com a enxurrada de carros que gera uma equação totalmente desequilibrada em termos competitivos. E acima de tudo e de todos, empresas que impõem seu conturbado modelo sem aceitar negociação com nenhuma das partes envolvidas e muito menos com o poder público. O cenário é exatamente este, brutal para todas as partes e com apenas um lado ganhando.
Com nome pomposo para empulhar a opinião pública, a chamada ‘gig economy’ talvez seja o maior embuste do século 21! Na prática, é uma fraude financiada pelo dinheiro de investidores que subsidiam o modelo insustentável em busca do monopólio global de negócios!
Que fique o recado. E que ele possa atingir todo trabalhador brasileiro que realmente deseja ver o país crescendo com estrutura, consistência e geração de empregos decentes.
Mas como eu sempre alertei >>> Não há engodo que dure para sempre! Nem dinheiro de investidor que nunca acabe!
Não adianta querer reescrever a história. Dinheiro nenhum no mundo é capaz de apagá-la.
Táxis são o passado, o presente e o futuro. Vida longa!