NOTA DE REPÚDIO (À DIREÇÃO DE JORNALISMO JOVEM PAN

Quanto ao discurso ultrapassado do jornalista Roberto Motta, da Jovem Pan, falando sobre violência contra mulheres nesta semana e novamente tecendo comparações leigas entre táxis x carros de aplicativos, algumas considerações que julgo oportunas e que seria justo que fossem revisadas pelo comentarista em questão.

Talvez o jornalista não tenha ciência dos fatos, mas faço questão de lhes dar algum embasamento antes de regurgitar comentários sem sustentação com a realidade. Primeiro ponto: taxistas não são “alguém desconhecido”. Pelo contrário, taxistas são regulamentados, fiscalizados, vistoriados e credenciados junto ao poder público. Diferentemente dos aplicativos, que se conste.

Segunda questão: os tais motoristas de aplicativos, que ele faz questão de defender (talvez por interesses não tão explícitos assim), não apresentam sequer antecedentes criminais para se cadastrarem nas plataformas disponíveis. Creio que o ponto tenha ficado mais que claro aqui……

Para finalizar, pediria ao caro comentarista, que antes de realizar comentários do tipo, (em uma concessão pública, por sinal) fizesse uma rápida busca sobre as notícias que reverberam cotidianamente acerca de mulheres vítimas de ataques nesses mesmos carros que ele, talvez leiga ou talvez intencionalmente, com tanta veemência, defende. O último deles (pelo menos que se tem notícia) foi registrado há dois dias, em Itaguaí – RJ, envolvendo uma jovem de 15 anos.

São exemplos abomináveis como nestes casos, que nos fazem cada vez mais ter a convicção de que estamos no caminho certo ao denunciar um sistema que vem se mostrando, dia após dia, como enormemente prejudicial à sociedade brasileira.

Já quanto as lamentáveis declarações da atriz Samara Felippo, envolvendo um roubo de celular dentro de um táxi no Rio de Janeiro, lembro à ex-global que o problema de segurança pública é crônico em nosso país e ainda mais na referida cidade. E a função de um taxista é a de transportar pessoas, sempre com a segurança que lhe é característica, mas nunca a de exercer o papel de segurança. Esta, por definição e função, cabe à Polícia.

Que a atriz tenha consciências de que seus julgamentos precipitados podem afetar e denegrir a imagem de toda uma classe trabalhadora.

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Adilson Amadeu
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